terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Especial de Fim de Ano: Expectativa Literária 2014



Para encerrar o Especial de Fim de Ano, falamos um pouco sobre quais são os nossos livros mais desejados para 2014. Tivemos alguns problemas técnicos com a máquina, e por isso tivemos de trocar de câmera no final do vídeo (é o nosso segundo vídeo..ainda estamos pegando o jeito rsrs)

Esperamos que tenham gostado desse especial e nos digam quais são as maiores expectativas de vocês para 2014 e se assim como nós estão ansiosos para ler alguns dos livros que citamos. E não esqueçam de inscrever-se em nosso canal no YouTube.



Resenhas Citadas:

Eu Sou o Número Quatro - Pittacus Lore
O Poder dos Seis - Pittacus Lore
Marilyn e JFK - François Forestier
Branca Como o Leite, Vermelha Como o Sangue - Alessandro D'avenia
Criança 44 - Tom Rob Smith
Discurso Secreto - Tom Rob Smith
Garota Exemplar - Gillian Flynn
A Sombra do Vento - Carlos Ruis Zafón
Estrela do Diabo - Jo Nesbo
O Redentor - Jo Nesbo
Sob a Redoma - Stephen King

Outros posts citados:
Retrospectiva Literária: Melhores de 2012 - Lista da Mari
Lista de Releitura: Garganta Vermelha - Jo Nesbo
Conversa de Contracapa: Adaptação de Sob a Redoma
Retrospectiva Literária: Melhores de 2013

sábado, 28 de dezembro de 2013

Especial de Fim de Ano: Retrospectiva Literária 2013

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

RESENHA: Deixe a Neve Cair

“É um desastre tão grande sempre que, no curso dos relacionamentos humanos, alguém começa a destruir a parede que separa amizade e beijo. Quebrar esta parede é o tipo de história que pode ter um meio feliz [...]. E as vezes esse meio feliz parece tão incrível que você pode se convencer de que não é um meio, mas durará para sempre.
Esse meio nunca é o fim, no entanto.” (GREEN, 2013, p. 185)

***

Preciso ser honesto. Não gosto dos feriados de fim de ano. E tampouco gosto de contos. Então a pergunta que deve estar em sua mente é: “Por que cargas d’agua você resolveu ler um livro de contos que ocorrem no Natal?”. Bom, a resposta é simples. Estou entre aquele grupo que, se pudesse, leria até mesmo a lista de supermercado de John Green.

Durante o Natal, uma pequena cidade é transformada no palco de três inusitadas estórias em virtude da nevasca mais forte dos últimos cinqüenta anos. São estórias simples, que contam com aventura, romance, amizade, descobertas, rompimentos, e neve, muita neve.  

Apesar de cada conto ser independente dos demais, todos os personagens estão conectados entre si, das formas mais inesperadas. Por isso, não irei analisar detalhadamente cada conto, pois está é justamente a graça do livro: descobrir como os personagens irão se relacionar.

Mesmo sendo fã confesso e incondicional de John Green e de sua capacidade de filosofar a respeito das coisas mais simples da vida, quem me surpreendeu foi Maureen Johnson, apresentando um conto extremamente original, com uma protagonista cativamente e com senso de humor inigualável.

É claro que Green não ficou para trás com seu impagável trio de amigos sem juízo, e embora o desenvolvimento da estória tenha sido um pouco previsível, o escritor mais uma vez consegue fazer o leitor refletir. O conto de Lauren Myracle foi o que menos me empolgou, visto que não simpatizei com a protagonista, e também achei o desenrolar da trama previsível.

Mesmo que cada autor tenha seu próprio estilo de narrativa, todos criaram estórias leves, divertidas e encantadoras, mostrando quão real pode ser a magia natalina. 

A verdade é que quando bons autores se reúnem você não precisa gostar de contos, nem mesmo do tema proposto, para apreciar a obra. Deixe a Neve Cair é o tipo de livro que você lê com um sorriso no rosto, dá inúmeras gargalhadas, e deseja que nunca acabe. Aliás, já estou planejando uma releitura.

Aproveitamos para desejar um Feliz Natal a todos!

Título: Deixe a Neve Cair (exemplar cedido pela editora)
Autores: John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle
Tradutora: Marina Kohnert
N.º de páginas: 335
Editora: Rocco

sábado, 21 de dezembro de 2013

RESENHA: A Graça da Coisa

“Só nos tornamos adultos quando perdemos o medo de errar. Não somos apenas a soma das nossas escolhas, mas também das nossas renuncias. Crescer é tomar decisões e depois conviver em paz com a dúvida.” (MEDEIROS, pag. 26, 2013)

Mais uma deliciosa coletânea de crônicas de Martha Medeiros que traz todos os temas sobre os quais adoramos ver a autora discorrer, sempre com um olhar bem humorado e inteligente de quem conhece a arte de não se levar a sério demais e que busca maneiras de se tornar uma pessoa melhor e ser feliz.

“Transgredir é atraente. (...) De vez em quando, é bom surpreender e fazer o que ninguém espera, mas até para transgredir existe uma regra, que Cazuza resumiu em letra de música: ‘Eu não posso fazer mal nenhum, a não ser a mim mesmo’” (MEDEIROS, pag. 55, 2013)

“A Graça da Coisa” é um livro difícil de resistir a ler em único dia. Além do texto delicioso da autora e da gama de assuntos abordados que levam as mais diferentes reflexões, o formato de crônicas faz com que o leitor termine uma e queira mais, muito mais. Basta que ele bata o olho no título da crônica seguinte ou na primeira frase dela e já basta para que ele queira ler toda e, quando perceba, leu dez outras crônicas passado o momento em que estava prestes a fechar o livro.

Quando tenho em mãos uma destas coletâneas de Martha Medeiros - e com “A Graça da Coisa” não foi diferente – me controlo para ter pouco de cada vez para fazer com elas durem pelo maior tempo possível. Isso, claro, é bobagem, pois os textos da autora sempre podem ser relidos na certeza de que serão tão interessantes na segunda ou terceira leitura quanto foram na primeira, pois os temas abordados - relacionamentos, literatura, cinema, música, amor – são atemporais. Ainda assim continuo achando que o melhor mesmo é ler aos poucos, saboreando cada crônica e se permitindo o tempo para refletir sobre ela.

“Solitários somos todos, faz parte da nossa essência. Não é um defeito de fabricação ou prova de nossa inadequação ao mundo, ao contrário: muitas vezes, a solidão confirma nossa dignidade quando não se está a fim de negociar nossos desejos em troca de companhia temporária. E a propósito: quem disse que, sozinho, não se está igualmente comprometido?” (MEDEIROS, pag. 125, 2013)

Três ou quatro crônicas antes de dormir, uma crônica naqueles cinco minutos de intervalo, ou o livro inteiro de uma única vez. Você define a sua dose. Como eu sempre digo, quando se trata de Martha Medeiros tudo o que você precisa saber é se gosta do estilo da autora porque, gostando, todo e qualquer um de seus textos são ótimas pedidas.

“Ler é o diálogo silencioso com nossos fantasmas. A leitura subverte nossas certezas, redimensiona nossos dramas, nos emociona, faz rir, pensar, lembrar. Catarses intimidam a dor.” (MEDEIROS, pag. 187, 2013)

Título: A Graça da Coisa
Autora: Martha Medeiros
Nº de páginas: 215
Editora: L&PM

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Book Tour Bruxos e Bruxas


Chegou ao fim o 1º Book Tour Além da Contracapa, cujo livro "Bruxos e Bruxas", foi escolhido pela votação dos leitores.

Confira agora a opinião das três participantes selecionadas:

"O livro Bruxos e Bruxas tem uma forma surpreendente de te prender do início ao fim. Seus capítulos são curtos, o que facilita a leitura. Pensei que a história em geral fosse mais “madura”, isso me decepcionou... Achei também que faltou mais emoção dos personagens principais (Wisty e Whit) quando descobriram que eram bruxos, faltou em outras palavras: o surto. A diagramação é linda, a capa de arrepiar! No geral, devo dizer que gostei muito e tenho sim o interesse no próximo volume. O livro é bom, mas não é ótimo."
Carolina Rodrigues (Blog Estante das Fadas)

"O livro é ótimo. Adorei!
Me senti de volta a fase de Harry Potter, totalmente envolvida pela história.
Uma história de fantasia e aventura, com muito humor.
Me prendeu da primeira página até a última.
Estou muito ansiosa pela continuação."
Karina Gomes

"Bruxos e Bruxas foi o primeiro livro de James Patterson que tive a oportunidade de ler e mesmo não sendo um livro escrito só por ele, estava ansiosa pela leitura. O livro traz a estória dos irmãos Allgood, Wisty e Whit, que são acusados de bruxaria e presos pela Nova Ordem, um novo governo que proíbe livros, música ou qualquer coisa que signifique ameaça à ordem. Eu achei que fosse encontrar uma estória com o foco em governos opressores ou algo do tipo; mas não foi bem assim e esse foi um dos motivos que me fez não gostar muito da leitura. Na verdade eu concluí a leitura sem entender muitos pontos, pois os fatos vão acontecendo muito rapidamente. Talvez uma releitura me ajudasse a entender melhor o que o autor quis passar ou quem sabe lendo O Dom, que é a continuação da série, eu consiga amarrar as pontas soltas. Em vários momentos os nomes muito parecidos me deixaram confusa e os capítulos muito curtos me incomodaram também! Sem se falar que não consegui rir das cenas engraçadas (o humor que os autores quiseram passar não me contagiou) e os personagens não me cativaram. Achei que a estória não foi bem explorada ou talvez eu é que tenha criado expectativas demais. Recomendo o livro a quem quiser uma leitura leve e rápida."
Andreza Galvão

Agradecemos as meninas pela participação e também aos demais inscritos. 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

RESENHA: Heresia

“Instintivamente, estendi a mão para estancar o sangue que ainda jorrava de seu pescoço e seu peito, mas era tarde demais: os olhos estavam vitrificados, fixados para sempre numa expressão de pavor.” (PARRIS, 2011, p. 73).

***

Giordano Bruno foi condenado e executado pelo Tribunal da Inquisição por sustentar a tese de que o universo seria infinito, apoiando o pensamento de Copérnico no sentido de que o Sol, e não a Terra, seria o centro do Universo. De monge a herege, não há dúvidas que a vida do filósofo italiano poderia render um interessante romance histórico.

Fugindo da Inquisição, Giordano Bruno passa por vários países europeus, até desembarcar em Londres no ano de 1583, momento em que o país estava dividido entre protestantes e católicos, os quais conspiravam para derrubar a Rainha Elizabeth do trono. Nesse contexto, o Ministro de Estado solicita que Bruno aproveite sua visita a Universidade de Oxford para averiguar a existência de católicos na instituição, assim como para investigar se há um complô contra a Rainha. Quando brutais assassinatos ocorrem em Oxford, Bruno terá que descobrir a verdade antes que sua própria vida esteja em risco.

Por ser um livro histórico, Parris tentou transpor o leitor para a época em que os fatos aconteceram, utilizando, para isso, de um linguajar rebuscado demais. Acrescente-se a isto a tendência de descrever todas as situações e personagens com minúcias de detalhe. Estes dois fatores tornaram o livro monótono e sem ritmo, características inaceitáveis para uma obra de suspense.

O fato de o livro ser categorizado com um suspense histórico não serve como justificativa para tamanha monotonia. Para exemplificar, cito Bernard Cornwell, autor de inúmeras obras de cunho histórico, mas que não pecam por falta de ação, reviravoltas ou adrenalina.

Apesar da extensa pesquisa feita por Parris ser evidente, senti falta de uma dose maior de verossimilhança. É claro que misturar ficção com fatos reais não é fácil, mas todo personagem precisa de motivos plausíveis para agir de determinado modo, e as ações de alguns personagens foram difíceis de engolir.

Mesmo com tais ressalvas, preciso reconhecer que o final da obra foi completamente inesperado e surpreendente. Compensando toda a inércia anterior, Parris apresenta capítulos ágeis e dinâmicos, revelando uma trama complexa e bem estruturada, sem deixar pontas soltas.

Heresia é o primeiro volume da série Giordano Bruno, seguido por Profecia (já publicado pela Editora Arqueiro), Sacrilege e Treachery.

Título: Heresia (exemplar cedido pela editora)
Autora: S. J. Parris
N.º de páginas: 359
Editora: Arqueiro 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

RESENHA: Viagem ao Centro da Terra

“Nós éramos de fato as únicas criaturas vivas desse mundo subterrâneo. Por certas acalmias de vento, um silêncio, mais profundo que os silêncios do deserto, descia sobre as rochas áridas e pesava sobre a superfície daquele mar. Eu procurava então penetrar as brumas distantes, rasgar a cortina lançada sobre o fundo misterioso do horizonte.” (VERNE, pag. 151, 2011)

Embora não possa me considerar uma fã da literatura fantástica e apenas recentemente tenha passado a reconhecer os encantos da ficção cientifica, minha vontade de ler Julio Verne surgiu por ser uma apreciadora da literatura clássica. Confesso, porém, que minha experiência com “Viagem o Centro da Terra” – uma das principais obras deste que é considerado o pai da ficção científica - não foi nem de longe tão empolgante quanto eu esperava.

Uma mensagem cifrada dentro de um livro antigo é o que leva o excêntrico professor Lidenbrock e seu sobrinho Axel em uma aventura perigosa que apenas um homem antes deles ousou enfrentar. A promessa da mensagem: “(...) chegarás ao centro da Terra. O que eu fiz.”

A proposta do livro é riquíssima, mas o seu desenvolvimento não me agradou como eu imaginava. Narrado em primeira pessoa pelo sarcástico Axel que não tarda a apresentar o leitor ao seu excêntrico, irritado, obcecado - porém genial – tio, “Viagem ao Centro da Terra” parece indicar nos primeiros capítulos que o leitor será jogado dentro da ação já no início e nela permanecerá até o fim, mas a meu ver não é isso que acontece. A descoberta da mensagem, a decifração do enigma, os preparativos para a viagem, tudo isso ocorre rapidamente, mas a partir do momento que os dois embarcam para a aventura, tudo que temos são os lugares por onde passam. Imaginativos e escritos com riqueza de detalhes, mas sem trazerem conflitos à história e sim meros percalços no caminho. Esse foi o meu problema com “Viagem ao Centro da Terra”: a mim pareceu uma história em que as coisas não acontecem aos personagens e sim ao redor deles. Eles se deparam com uma surpresa - algo surreal e inusitado - lidam com isso e seguem adiante para, logo mais, se deparar com outra. Nada acontece com eles ou entre eles.

Os capítulos são curtos, o que permite ao leitor respirar com frequência, pois embora a linguagem de Verne não seja maçante, sua narrativa é bastante descritiva. Além disso, como se trata de um relato de uma longa jornada não se pode esperar que este relato seja mais ágil que os acontecimentos que lhe deram origem.

Contando basicamente com dois personagens, o livro se vale das personalidades ricas tanto de Axel quanto Lidenbrock para dar nuances à jornada, visto os dois tem pontos de vista diferentes ou até mesmo contraditórios. Um é reticente, o outro, empolgado. Um aproveita as belezas do caminho, o outro só pensa em cumprir o objetivo da missão.

Eu, que gosto de literatura e cinema clássico, costumo dizer que ao ler esses livros - ou assistir esses filmes - é preciso levar em consideração a época em foram feitos e o que acrescentaram às suas artes, e não tenho dúvidas que “Viagem ao Centro da Terra” merece reconhecimento. As situações apresentadas são muito criativas, principalmente por conseguirem aliar a ciência ao fantástico, e por isso é muito fácil entender porque o livro deve ter sido de grande influência para autores de fantasia. O princípio dos grandes livros do gênero está todo ali e Verne merece reconhecimento por isso. Também é fácil entender o fascínio que o livro provocou trazendo para a literatura algo inovador na época.

“Viagem ao Centro da Terra” já recebeu duas adaptações cinematográficas (uma em 1959 outra em 2008) e embora não tenha tido a oportunidade de assistir nenhuma delas, me parece que ambos os roteiro não foram fiéis ao livro, acrescentando personagens e alterando algumas situações. Isso só prova o quanto a essência de “Viagem ao Centro da Terra” é rica e promissora, mas que o livro peca pela falta de conflitos e desenvolvimento de relações por ter sido escrito em uma época em que a criação daqueles cenários e situações era inusitado o suficiente para ser o cerne da trama.

Já ouvi dizer que “Viagem ao Centro da Terra” não é o melhor livro para se começar a ler Julio Verne e talvez esse tenha sido o meu erro. Reconheço os méritos da obra, mas minha experiência com ele esteve aquém do que eu esperava.

Título: Viagem ao Centro da Terra (exemplar cedido pela Editora Martin Claret)
Autor: Julio Verne
Nº de páginas: 220
Editora: Martin Claret

sábado, 14 de dezembro de 2013

Lista de Releituras # 04

Lista de Releituras é a nova coluna mensal do Além da Contracapa. Como o nome sugere, são livros que já lemos e temos muita vontade de ler novamente, mas que, por diversas razões, não chegaram a ser resenhados no blog

Título: O Senhor dos Anéis
Autor: J. R. R. Tolkien
Sinopse: "O Senhor dos Anéis (The Lord of the Rings) é um romance de fantasia criado pelo escritor, professor e filólogo britânico J.R.R. Tolkien. A história começa como seqüência de um livro anterior de Tolkien, O Hobbit (The Hobbit), e logo se desenvolve numa história muito maior. Foi escrito entre 1937 e 1949, com muitas partes criadas durante a Segunda Guerra Mundial. Embora Tolkien tenha planejado realizá-lo em volume único, foi originalmente publicado em três volumes entre 1954 e 1955, e foi assim, em três volumes, que se tornou popular. Desde então foi reimpresso várias vezes e foi traduzido para mais de 40 línguas, tornando-se um dos trabalhos mais populares da literatura do século XX." (Editora Martins Fontes - Edição Completa)

Ocasião da primeira leitura: entre 2005 e 2006.

Por que está na lista de releituras: A trilogia O Senhor dos Anéis é um dos maiores clássicos da literatura fantástica. Li a obra prima de J. R. R. Tolkien quando estava no ensino médio e creio que hoje tenho mais maturidade para apreciar a narrativa daquele que é considerado o “pai da literatura fantástica”.


Comentários: Não sei exatamente por que, mas sempre tive certa resistência em ler os livros da saga, mesmo depois dos lançamentos dos filmes dirigidos por Peter Jackson. Após a indicação (e insistência) de alguns amigos, resolvi ler pelo menos o primeiro livro, O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel, e rapidamente fui envolvido pelo mundo mágico da Terra Média e suas batalhas de tirar o fôlego. Assim, antes mesmo de terminar a leitura do primeiro volume, já comprei os demais livros da trilogia.



quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

RESENHA: O Oceano no Fim do Caminho

“Esse é o problema com as coisas vivas. Não duram muito. Gatinhos num dia, gatos velhos no outro. E depois ficam só as lembranças. E as lembranças se desvanecem e se confundem, viram borrões...” (GAIMAN, pag.58, 2013)

Minha primeira experiência com o aclamado Neil Gaiman, “O Oceano no Fim do Caminho” é um livro singular. A mistura de realidade com fantasia e do encantador com o assustador, onde não apenas os acontecimentos mas também os sentimentos são vívidos e as nuances se mesclam de tal forma que é impossível distinguir seus contornos e estabelecer seus limites.

Um homem de quarenta anos volta para a casa onde passou a infância para um velório. Cansado e querendo se distanciar de todos por um minuto, ele dirige sem rumo por estradas conhecidas até que se depara com um lugar no qual não pensava em muito tempo: a fazenda das Hempstock, onde morava sua amiga Lettie que chamava o lago no fim do caminho de um nome diferente. Era mar? Não, não era mar. Para Lettie Hempstock, o lago no fim do caminho era um oceano e é ao lembrar disso que ele lembra de tudo.

Narrado em primeira pessoa por um personagem cujo nome não sabemos, “O Oceano no Fim do Caminho” é o olhar de um adulto sobre a sua infância, tempo em que era um menino solitário, cujos melhores amigos eram livros, até que conheceu Lettie: uma menina diferente, de uma família diferente, que o acolhe e promete protegê-lo de tudo.

Gaiman cria acontecimentos fantásticos e personagens cativantes, mas é a sua habilidade de conseguir mostrar para o leitor o mundo de uma criança vista por ela mesma quando adulta que dá o tom de “O Oceano no Fim do Caminho”. Não é um livro narrado por uma criança inocente, nem por um adulto cético, e sim por um adulto disposto a relembrar sua infância exatamente como ela foi, com todos os sentimentos que ela lhe trouxe e as proporções que as coisas atingem na infância.

Em “O Oceano do Fim do Caminho” o que importa não são tanto os acontecimentos – foram eles reais, ou não? – mas sim o que eles despertaram. Não sabemos exatamente quem são – ou como são – as Hempstock, o que importa é que elas se tornaram o porto seguro daquele menino de sete anos – hoje um homem. Não sabemos o nome do homem, de quem é o velório que o leva a aquele lugar, nem mesmo como foi a sua vida, porque o importante é apenas a história que veremos ser despertada.

E esse é o verbo principal aqui: despertar. O que o protagonista viveu esteve adormecido nele durante todos esses anos, mas sempre esteve ali. Sempre fez parte e o ajudou a construir a pessoa que ele é – seja lá quem for. Não conhecemos o adulto, mas, ainda assim, conhecemos o menino profundamente, o que só ocorre porque Gaiman consegue fazer com que sintamos nós mesmos as dúvidas e os temores dos personagens.

E por falar em dúvidas, eu devo confessar que passei a leitura toda duvidando. Quem me conhece, sabe: eu sou mais razão que emoção. É por isso que quando leio algo que aborda o fantástico, eu preciso saber se aquilo é mesmo parte um mundo fantástico – e, portanto, é a realidade daquele mundo – ou se é uma realidade como a que conhecemos, porém distorcida por alguma razão – delírios ou, nesse caso, as fantasias de uma criança vendo o mundo real a seu modo. Ok, eu sei que isso é um tanto limitado de minha parte, mas não pude evitar sentir uma pulga (estranhamente pertinente, não?) atrás da orelha: “Isso está mesmo acontecendo com ele? A mente da criança processou dessa maneira por não conseguir entender algo? Tudo isso é uma complexa metáfora?” Esses questionamentos poderiam ter se tornado ressalvas, mas a narrativa de Gaiman é tão contagiante que eu só queria ler o que ele tinha para me contar, não importando o que aquilo significaria mais adiante. Ao terminar, minha conclusão foi que talvez não seja preciso entender. Só seja preciso aproveitar o momento e se deixar levar. Como disse Lettie Hempstock: “Não é nada especial, saber como as coisas funcionam. E você precisa realmente deixar tudo para trás se quiser brincar” (pag. 166)

São coisas como essas que fazem o leitor refletir, se não sobre a sua infância, sobre a visão que tem da vida. “O Oceano no Fim do Caminho” é um livro inusitado e único, para ser lido sentindo, mais do que pensando, mas estando disposto a refletir e correr o risco de descobrir ou, pelo menos, de se indagar o quanto da nossa infância está adormecido, apenas esperando que nos deparemos com algo no fim do caminho e então lembremos que...

Título: O Oceano no fim do Caminho (exemplar cedido pela Editora Intrínseca)
Autor: Neil Gaiman
Nº de páginas: 208
Editora: Intrínseca

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

PROMOÇÃO: 2014 Com Muitos Livros!


2013 está chegando ao fim, e nada melhor do que poder começar 2014 renovando a estante!
Assim, os blogs Além da Contracapa, Conjunto da ObraMinha Vida Literária, My Booklit My Dear Library se reuniram para sortear 5 livros para 2 sortudos!


Confiram as regras:
  • Ter endereço de entrega no Brasil;
  • Seguir publicamente todos os blogs via GFC;
  • Preencher o formulário do Rafflecopter abaixo.
Observações gerais:
- A promoção tem início hoje e vai até o dia 31/12;
- O primeiro vencedor terá direito a três livros, sendo também o primeiro a escolher seus títulos, enquanto o segundo ficará com os demais;
- Os vencedores serão contatados via email e terão até 2 dias para enviar os dados para o recebimentos dos prêmios;
- Cada blog será responsável pelo envio de um exemplar, não sendo responsáveis em caso de extravio pelos correios;
- O prazo de envio é de 30 dias. Contudo, salienta-se que o recebimento dos livros pode ser afetado por conta dos eventos de final de ano.

a Rafflecopter giveaway

Boa sorte a todos!

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

RESENHA: As Palavras

“Você de repente não estranha de ser você?” (LISPECTOR, pag. 21, 2013)

Clarice Lispector é uma das autoras cujas frases mais se fazem presentes quando o que se quer são citações interessantes, inteligentes e reflexivas. Não é por menos, já que Clarice era mestre na arte de construir filosofias inteiras com poucas linhas e manipulava as palavras como ninguém.

“As Palavras” exprime se não toda, grande parte da genialidade da autora – que não era pouca. O livro é composto por trechos de textos de Clarice, configurando-se um livro cuja história o leitor pode construir por conta própria, com a evocação de suas experiências e os sentimentos que cada frase - habilmente construída - de Clarice provoca.

“Escrevo com o corpo. E o que escrevo é uma névoa úmida.” (LISPECTOR, pag.69, 2013)

São quatorze textos, entre romances, contos, crônicas entre outros, dissecados para se tornarem frases soltas que fazem o leitor ler, refletir e extrair delas inúmeras possibilidades. Não temos os textos na íntegra, mas temos sua essência fragmentada.

Para aqueles que se interessam pela obra de Clarice Lispector, “As Palavras” é uma ótima introdução ao mundo da autora. Eu confesso ter lido até o momento apenas seu livro de crônicas – “A Descoberta do Mundo”, responsável pelo encerramento de “As Palavras” – e mesmo que ele tenha me atiçado a conhecer mais de sua obra e que na ocasião eu tenha destacado inúmeras frases que desde lá li e reli, eu nunca havia feito. “As Palavras” me permitiu ter um apanhado geral do que é Clarice Lispector e do fascínio que provoca em tantos leitores. Escolher alguns poucos quotes para essa resenha foi um grande desafio e tenho certeza que fazer isso em alguns meses implicaria em outras escolhas, pois as mesmas palavras provocariam novas sensações. Essa é, para mim, a grande riqueza da obra de Clarice Lispector.

“Viver tem dessas coisas: de vez em quando se fica a zero. E tudo isso é por enquanto. Enquanto se vive.” (LISPECTOR, pag. 195, 2013)

Recomendado tanto para aqueles que desejam um mergulho rápido antes de se entregar às águas profundas desta escritora, quanto para aqueles que já tiveram a oportunidade de ler esses textos na íntegra e que na certa reconhecerão estas frases e as absorverão com novos olhos igualmente admirados.

Eu, particularmente, manterei o livro na minha mesa de cabeceira e, de quando em quando, abrirei uma página aleatória na expectativa de ver o que Clarice me reserva, ciente da surpresa e do encanto que a autora pode me colocar diante. Um risco a se correr sem medo.

“Acontece que sou tão ávida da vida, tanto quero dela e aproveito-a tanto e tudo é tanto – que me torno imoral. Isso mesmo: sou imoral” (LISPECTOR, pag. 229, 2013)


Título: As Palavras (exemplar cedido pela Editora Rocco)
Autora: Clarice Lispector (curadoria Roberto Corrêa dos Santos)
Nº de páginas: 308
Editora: Rocco

domingo, 8 de dezembro de 2013

RESENHA: The Edge of Always

“Nós realmente vivemos nossa vida da forma que queríamos, e não do jeito que o mundo esperava que a vivêssemos. Nos arriscamos, escolhemos caminhos inconvencionais, não deixamos que as opiniões dos outros ficassem no caminho dos nossos sonhos, e nos recusamos a nos acomodar, fazendo por muito tempo algo que não gostávamos.” (REDMESKI, 2013, p. 281 – tradução livre)

***

Após a leitura do surpreendente Entre o Agora e o Nunca, fiquei bastante empolgado quando descobri que J. A. Redmerski preparava uma continuação para a inusitada estória de Camryn e Andrew. Infelizmente, o segundo livro não alcançou o patamar do primeiro.

Atenção: pode conter spoilers sobre Entre o Agora e o Nunca.

Uma repentina tragédia coloca o relacionamento de Andrew e Camryn a prova, e juntos eles terão de lidar com as feridas que precisam ser curadas. Sem pensar duas vezes, eles caem na estrada, prontos para enfrentar qualquer desafio que o futuro lhes apresente.

Como mencionei na resenha, a obra anterior não reinventou o mundo da literatura, mas por tragar o leitor em sua estória envolvente, clichês são deixados de lado. Afinal, que importância eles têm, se a estória flui com naturalidade e mantém a atenção do leitor?

Infelizmente, The Edge of Always não merece ser tratado com tamanha indulgência. Além de um início previsível, o desenvolver da trama é lento e cansativo, contando com páginas e mais páginas que pareciam não levar nada a lugar nenhum. Fiquei com a impressão que a autora perdeu a mão, descrevendo tudo de forma exagerada e criando eventos desnecessários e entediantes.

O final, no entanto, ganha uma injeção de ânimo e abandona toda a monotonia que o precedeu. Voltamos a encontrar a velha e boa forma de J.A. Redermeski, que criou um desfecho digno e emocionante para a estória de personagens tão cativantes.

Mais uma vez a narrativa é feita em primeira pessoa, alternando entre os pontos de vista de Camryn e Andrew, permitindo que o leitor saiba exatamente o que os protagonistas estão pensando ou sentido. Apesar de ser uma abordagem ousada, cada narrador possui uma "voz" bem marcante, o que impede qualquer confusão. 

O ponto alto da obra é a crítica a uma sociedade que conta com altas expectativas sobre os jovens, que abrem mão de seus sonhos para viver uma vida que não escolheram. Ler as aventuras de Camryn e Andrew, e vê-los ousar fazer o que bem entenderem, sem se preocupar com opiniões alheias, é libertador.

Para quem gostou de Entre o Agora e o Nunca, e ficou na curiosidade de saber qual será o rumo deste casal tão apaixonante, a leitura é mais do que válida. Mas tente reduzir suas expectativas.

The Edge of Always será lançado no Brasil pela Editora Suma de Letras em abril de 2014. 

Título: The Edge of Always (ebook cedido através do Net Galley)
Autora: J. A. Redmeski
N.º de páginas: 288
Editora: Forever

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

RESENHA: As Virgens Suicidas

“O Sr. Lisbon se tornou o médium através do qual vislumbrávamos os espíritos das meninas. Nós as enxergávamos nos problemas que causavam a ele: olhos vermelhos e inchados que mal se abriam para ver as filhas definhando; os sapatos arranhados de tanto subir escadas que sempre continham a ameaça de levá-lo até outro corpo inerte; a tez amarelada e pálida morrendo com elas por empatia; e o olhar perdido de um homem que se dera conta de que aquela morte toda seria a sua única vida.” (EUGENIDES, pag. 149, 2013)

No período de um ano, todas as irmãs Lisbon cometem suicídio. Os pais não sabiam que havia algo errado com suas cinco belas meninas até que Cecília - a mais nova, de apenas 13 anos – se atira da janela do quarto. Vivendo na década de 70, superprotegidas e sob uma criação que limita suas atividades à escola, igreja e casa, as outras quatro passam a viver com a repercussão da morte da irmã e eventualmente se vêem presas em confinamento. Se antes meninos, festas e roupas que mostrassem o contorno de seus corpos já eram proibidos, agora até mesmo a escola e suas músicas favoritas deixam de fazer parte de seu tedioso cotidiano. Aos poucos, Lux, Bonnie, Mary e Therese (esta última, a mais velha, de apenas 17 anos) vão definhando até que um ano após a primeira tentativa de suicídio de Cecília, encontram o mesmo destino da irmã.

A sinopse deixa claro que “As Virgens Suicidas” é uma história impactante. O que não se pode imaginar é o quão sensível e delicada é a maneira que Jeffrey Eugenides encontra de contá-la.

Todas as escolhas do autor são pensadas a fim de fazer com que este seja um belo livro, apesar de sua trama chocante, mas sem por isso descaracterizá-la. Estamos diante de uma história triste, mas não a lemos com tristeza, porque Eugenides consegue extrair a beleza das coisas mais banais.

Uma dessas escolhas é momento em que a história é contada e quem a conta. Narrada na primeira pessoa do plural por um grupo de meninos vizinho da família Lisbon e apaixonado pelas meninas, a história é contada décadas depois quando estes meninos já são homens, mas ainda tem o trágico evento presente em suas vidas. O autor poderia ter escolhido inúmeros narradores que transformariam a sua história em inúmeros livros diferentes, mesmo que os acontecimentos permanecessem idênticos. Sua opção deu à história um olhar distante e melancólico e até mesmo belo ao invés de triste e pesado. O primeiro parágrafo do livro já releva o destino das irmãs de forma que o choque é um só e depois se perde. Já sabemos que elas irão se matar de forma que não lemos angustiados. Outra vantagem que este narrador traz diz respeito ao interesse dos meninos pelas irmãs, que poderia ser assustador e obsessivo se não o conhecemos por eles mesmos. É do amor dos meninos por elas que vem parte da beleza de “As Virgens Suicidas” porque, para eles, tudo que envolvia as meninas Lisbon era tão fascinante que mesmo as coisas mais banais e cotidianas se tornavam igualmente fascinantes. Nesse contexto, coisas pequenas adquirem uma importância gigantesca.

Por se tratar de uma narração de eventos passados há décadas, o livro apresenta pouquíssimos diálogos, sendo composto essencialmente por narração e capítulos longos (cinco no total). Também por esta razão a narrativa é entrecortada, seguindo o fluxo das lembranças e não dos acontecimentos.

Como todo bom narrador testemunha, os meninos pouco nos relevam sobre eles mesmos. O que importa são as meninas. O interessante é que elas também permanecem uma incógnita. O leitor pode tirar suas conclusões, tanto quanto os meninos podiam, mas a áurea de mistério se mantém visto que não se tem acessos aos pensamentos ou mesmo às palavras delas, que acabam sendo tão poucas.

Também chama atenção na trama o quanto as pessoas tentam se enganar ao se deparar com situações que preferiam que não existissem e o quanto certos eventos podem marcar profundamente mesmo que aqueles que não são diretamente atingidos por eles.

“As Virgens Suicidas” prova que o torna um livro bom é maneira como sua história é contada e no caso de uma história como esta é preciso delicadeza para transformá-la em um livro lindo e inesquecível. Jeffrey Eugenides mostrou ter essa habilidade de sobra.

Em 1999, a diretora Sofia Coppola fez sua estréia no cinema com “As Virgens Suicidas” em um filme fiel ao livro de Jeffrey Eugenides tanto pela trama quanto pela sensibilidade em contar a história das irmãs Lisbon.

Título: As Virgens Suicidas (exemplar cedido pela Editora Companhia das Letras)
Autor: Jeffrey Eugenides
Nº de páginas: 231
Editora: Companhia das Letras

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Conversa de Contracapa # 04


E chegou ao fim nossa corrida contra o tempo para tentar cumprir o desafio do NaNoWriMo, e nestes trintas dias pudemos ter um gostinho do que é realmente ser um escritor.

Não seria exagero dizer que a cada dia vivenciamos uma nova lição, e, entre tantas, destacamos a que talvez seja a mais importante. Escrever não diz respeito à inspiração. Escrever não diz respeito a boas ideias. Escrever não diz respeito a talento. É preciso uma boa dose de tudo isso, mas de nada basta inspiração, boas idéias e talento, sem dedicação e trabalho duro.

Escrever um livro é fácil? Não. Mas a satisfação de sentir os personagens que você imaginou ganharem vida, ouvir suas vozes a cada diálogo, vê-los cumprirem seus propósitos e então, finalmente, colocar o último ponto final na estória que surgiu em sua mente, não tem preço. Porém, para que isso aconteça e o resultado seja gratificante é preciso escrever, escrever, escrever e então revisar e revisar, estando ciente de que é bem possível que seja preciso fazer isso tudo de novo até que o texto se torne a versão que melhor contará a história que você criou. Já disse o grande Ernest Hemingway: “O primeiro rascunho de qualquer coisa é uma porcaria.”

É. Quem disse que seria fácil?

A primeira vez que ouvimos a argumentação sobre a importância do trabalho árduo acima de qualquer coisa foi quando Raphael Draccon participou da XV Feira do Livro de Passo Fundo (veja o post). Na ocasião, o autor sustentava que escrever é como outro trabalho qualquer, ou seja, precisa render, independentemente de outros fatores. Então, supondo que você tenha a meta de escrever pelo menos dez páginas por dia (o que não é nada estratosférico), em dois meses seu livro terá mais de quinhentas páginas. Nada mal, não é mesmo?

Agora, analisemos alguns exemplos.

Agatha Christie lançou seu primeiro livro, O Misterioso Caso de Styles, aos trinta anos. Nos cinquenta e cinco anos seguintes, a Dama do Crime lançou mais de oitenta livros. Isso mesmo! Mais de oitenta livros. Ou seja, ela escrevia, em média, um livro e meio por ano – livros esses que, quase quarenta anos após a sua morte, fazem com que o seu nome continue no topo da lista de preferência dos amantes da literatura policial.

Stephen King é conhecido por sua rígida rotina diária, que inicia com uma caminhada matinal de 2 a 5 km. Encerradas as atividades físicas, começa a escrever por volta das 8 horas, tendo como meta duas mil palavras por dia. O Mestre do Terror, hoje com sessenta e seis anos de idade, já escreveu quase setenta livros. E tenha em mente que alguns deles são calhamaços que deixariam George Martin com inveja e que inúmeras de suas tramas já foram adaptadas para o cinema e televisão.

O que estes dois exemplos, entre tantos outros que poderíamos citar, demonstram? Que escritores de sucesso têm algo em comum além de talento e criatividade: dedicação ao ofício. Isso foi o que o NaNoWriMo deixou enraizado em nós. Agora nos resta manter o ritmo.

Resultados Finais

Alê: completei meu desafio mínimo de 60 páginas na terça feira. Até sábado, último dia do NaNoWriMo, alcancei a marca de 23.461 palavras ou então 71 páginas Mas foi apenas no domingo que alcancei meu melhor dia em termos de produtividade: foram quase 5 mil palavras, de modo que consegui chegar ao final do livro. O arquivo, considerando o que havia sido escrito antes de novembro, conta com 39.966 palavras ou 118 paginas. Agora é hora de revisar.

Mari: Infelizmente, não consegui cumprir as 80 horas estabelecidas como meta do meu primeiro desafio e minha contagem parou nas 52 horas. Mas, como eu sou absurdamente determinada, me nego a aceitar a derrota! Por isso meu desafio para dezembro serão 110 horas: as 80 a que eu havia me proposto inicialmente, mais as 28 que fiquei devendo em novembro e mais duas porque é preciso aumentar o desafio.

Meu segundo desafio foi completado com sucesso! Finalizei o primeiro período da segunda parte do meu livro e agora estou na fase inicial do segundo período. Tenho mais três períodos à minha espera para então chegar à terceira parte e ao tão sonhado ponto final.

Agradecemos aqueles que acompanharam as nossas atualizações semanais via Facebook por estarem conosco em nossa jornada no NaNoWriMo. Foi um mês desafiante, mas também muito estimulante e adoramos poder ter dividido isso com vocês. 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Top Comentarista de Dezembro


E o Natal chegou no Além da Contracapa. E para o Top Comentarista deste mês, nada mais propício do que o natalino lançamento da Editora Rocco: Deixe a Neve Cair, de John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle.

Confira o regulamento: 

1. Para participar, basta preencher o formulário abaixo, usando sua conta do Facebook ou seu e-mail. É obrigatório seguir o blog no Google Friend Connect, comentar em todas as postagens de dezembro e ter um endereço de entrega no Brasil.

2. Para simplificar, optamos por utilizar o Rafflecopter. A primeira entrada confirma sua participação no Top Comentarista, enquanto as demais constituem chances extras, sendo opcionais. Atenção: se o sorteado não tiver comentado em todos as postagens do mês, o mesmo será desclassificado, e um novo sorteio será realizado. 


3. Para a entrada "Tweet about the Giveaway" ser válida, é obrigatório seguir o blog no twitter.

4. Lembrando que somente serão válidos comentários significativos. Ou seja, comentários do gênero “interessante”, “legal” ou “ótima resenha” não serão computados. O participante poderá comentar apenas uma vez em cada post.

5. O sorteado irá ganhar um exemplar do livro Deixe a Neve Cair de
 John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle.

6. O resultado do Top Comentarista será divulgado no blog até o dia 05 de janeiro.

7. Após a divulgação do resultado, o vencedor terá prazo de 72 horas para enviar seus dados para o email alemdacontracapa@hotmail.comDecorrido o prazo sem manifestação do vencedor, novo sorteio será realizado.

8. O prêmio será enviado pelo blog no prazo de até trinta dias úteis.

9. A Equipe do Além da Contracapa se reserva ao direito de dirimir questões não previstas neste regulamento.

a Rafflecopter giveaway

UPDATE: Parabéns Luana Almeida!
Você tem até 72 horas para entrar em contato conosco através do e-mail alemdacontracapa@hotmail.com e passar os seus dados para que possamos providenciar o envio do seu prêmio. 

Decorrido o prazo sem a manifestação da vencedora, novo sorteio será realizado. Nesse caso, isso será avisado neste post. 

Ainda hoje será feito o anúncio do Top Comentarista de Janeiro. Não deixem de participar!

 

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